quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Jovens do IAENE usam férias em serviço voluntário na aldeia

POR VANESSA ARAÚJO E WAGNER ALMEIDA

De 3 a 18 de julho, 22 alunos e professores da Faculdade Adventista da Bahia realizaram trabalhos assistenciais na comunidade indígena da aldeia Macaúba, na Ilha do Bananal, TO – a maior ilha fluvial do planeta. A equipe, liderada pelo pastor Daniel Lüdtke, líder do Serviço Voluntário Adventista e da Capelania Universitária do campus, atendeu cerca de 180 pessoas.

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A viagem de aproximadamente 2.000 km durou cerca de 40 horas. Os voluntários ficaram alojados na cidade de Santa Terezinha, MT. Todos os dias eles atravessavam o Rio Araguaia rumo à aldeia. Além do trabalho na comunidade, a equipe realizou 12 palestras na área de educação, saúde, motivação e espiritualidade.

A equipe de enfermagem atendeu os nativos em seus domicílios e no posto de saúde da aldeia, que foi pintado e organizado pelos voluntários. Já a equipe de pedagogia, realizou diversas atividades lúdicas e educacionais entre as crianças.

“Nós começamos com músicas, com brincadeiras, atividades físicas, que é o que a criança mais se interessa. Depois que estabelecemos uma relação de confiança, então nós passamos para as questões pedagógicas propriamente ditas”, declarou Denise Tosta, doutora em Educação.


O grupo de voluntários contou também com a presença da dentista Lívia Longo, de Bragança Paulista, SP. Ela comentou: “Eu nunca tinha trabalhado em nenhum projeto voluntário, mas eu sempre tive vontade. É gratificante porque a gente acaba se conhecendo melhor. Não só por dinheiro, mas só o fato de ajudar alguém, dividir o seu conhecimento, é uma coisa que enobrece. A gente passa a se entender melhor”. Mais de 50 nativos receberam atendimento odontológico na cidade.

EXPERIÊNCIA

Apesar de ser um trabalho cansativo, os voluntários se satisfizeram com o projeto: “Foram apenas quinze dias, mas foram quinze dias com experiência com Deus. Quinze dias de aventuras inesquecíveis. E foi uma experiência que, certamente, estará comigo pra sempre”, comenta Paula Santos, estudante de enfermagem.

“Eu percebi que, realmente, o que importa não são as coisas, os bens materiais, mas as pessoas. O que importa não é o que você ganha, mas de quem e como. Acho que é a coisa mais importante que eu aprendi”, conta André Vieira, professor de música e graduado em Administração.

“Nós só temos que agradecer a Deus pela oportunidade que Ele nos deu de realizarmos esse trabalho. E esperamos que sirva de exemplo para todos os jovens que têm vontade de ser voluntários – não só da Aventura Carajá, mas do Calebe, de outros projetos que a igreja tem. Nós só temos a ganhar com isso. Damos pouco e recebemos muito mais!”, afirma Miriam Correia, professora de enfermagem.


O projeto, que será anual, recebeu aprovação de toda a comunidade indígena. “Na vida dos nativos, os resultados também foram além do social. Os nativos enxergaram nos voluntários o exemplo do verdadeiro cristianismo e desejaram conhecer mais a Deus. Todo o trabalho valeu a pena. Todo o dinheiro investido, todas as horas de trabalho, tudo contribui para deixar uma impressão inesquecível na vida dos nativos da aldeia Macaúba”, garantiu Daniel Lüdtke.

VANESSA ARÁUJO e WAGNER ALMEIDA são estudantes de jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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